Modalidades

Velejar em água doce de barragem já é uma coisa séria em Portugal e uma dupla olímpica ganhou a primeira prova, em Montargil

A primeira prova do Circuito Nacional de Vela em Águas Interiores decorreu no último fim de semana, vários dos melhores velejadores portugueses competiram e a vitória foi para Diogo Costa e Carolina João, dupla que ficou em 5.º lugar na classe 470 dos Jogos Olímpicos de Paris: Este formato é muito positivo, provoca muita emoção.

Federação Portuguesa de Vela

Os velejadores olímpicos Diogo Costa e Carolina João elogiaram hoje os “novos desafios” colocados pelo inédito Circuito Nacional de Vela em Águas Interiores, cuja primeira prova venceram no fim de semana em Montargil, Ponte de Sor, Portalegre.

“São sempre novos desafios e diferentes campos de regatas que estimulam as nossas capacidades. Estiveram presentes vários dos melhores velejadores portugueses, pelo que tivemos de dar o nosso melhor para nos estrearmos com um triunfo”, disse Diogo Costa, em declarações à Lusa.

A dupla quinta classificada nos Jogos Olímpicos Paris2024, na classe 470, levou a melhor entre as 18 tripulações no evento de Montargil, numa final com seis tripulações em que vencia a que primeiro conseguisse dois triunfos.

“Este formato competitivo provoca muita emoção. Só à quinta regata conseguimos o triunfo, mas a verdade é que estivemos sempre na luta pela vitória em cada uma das provas, todas muito intensas”, acrescentou Carolina João.

Diogo Costa e Carolina João concluíram a competição com nove pontos, seguidos de Diogo Pereira e Manuel Macedo, com 13, com o pódio a ficar completo com Francisco Pinheiro Melo e Pedro Garcia, com 16.

A dupla olímpica considera “muito positivo a vela expandir-se para o interior”, tanto ao nível do aumento do número de praticantes como de adeptos da modalidade, já que as regatas podem ser facilmente seguidas desde a margem, além de serem provas mais curtas e, por isso, “mais emocionantes, com as embarcações sempre muito próximas”.

O primeiro Circuito Nacional de Vela em Águas Interiores, que visa descentralizar a modalidade, aproximando-a das comunidades do interior, valorizando as estações náuticas, vai ter mais quatro etapas, a decorrer no Alqueva, no Douro, em Sabugal e no Azibo.

“Esta nova competição vai permitir dinamizar as estações náuticas. Paralelamente, estamos a trabalhar com várias autarquias para que a prática da vela se desenvolva no interior, com a criação de escolas para a modalidade, desporto escolar e também vela adaptada. O crescimento da modalidade passa por uma presença em todo o território nacional, não apenas no interior”, sentenciou o presidente da federação, António Barros.