As constatações de Pedro Fraga são perentórias: “Uma estrutura desta magnitude, só para o remo em Portugal, é uma coisa única (...), podemos combinar o que já existia de bom, a água, com uma série de infraestruturas de topo mundial.” As frases constam do testemunho deixado pelo antigo remador olímpico, campeão europeu e vencedor de medalhas em Taças do Mundo, no site oficial do Centro de Alto Rendimento (CAR) do Pocinho, inaugurado nas beiças do rio Douro em 2016, com a pompa da presença de Marcelo Rebelo de Sousa. Mas, “nos últimos anos”, a “única federação nacional” a usar a infraestrutura que custou cerca de 8,4 milhões de euros, e até “várias vezes” por cada volta ao calendário, foi a de futebol.
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CAR do Pocinho: a casa do remo onde ninguém quer remar
O Centro de Alto Rendimento para o remo, em Foz Côa, nunca lá teve um estágio das seleções nacionais. E está por pagar a quem o projetou. O líder cessante da federação garante que não há condições técnicas no Rio Douro para estágios. O seu antecessor, que encomendou o projeto, não é da mesma opinião. A infraestrutura teve, em 2023, uma taxa de ocupação de 40%, a melhor de sempre - mas não é à conta de remadores