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Florentino, Florentino, há males que vêm por bem

Roberto Martínez deve achar que basta ter um destruidor, um “desarmador” do jogo do rival e que, quando esse destruidor não estiver disponível, é preferível alterar a ideia ao invés de fazer troca por troca. Mas não chamar Florentino uma única vez, nem que fosse só para tirar dúvidas? Para dizer ao jogador “não és a primeira escolha, mas conto contigo”? Será o leque de jogadores convocáveis tão restrito que não se arranja um espacinho para Florentino, titular do Benfica, rei dos desarmes na Champions?

Eurasia Sport Images

As convocatórias da seleção geram quase sempre comoção entre os adeptos dos maiores clubes. São as injustiças, os lugares cativos, a influência dos agentes, as teorias da conspiração. Agora que o Sporting está mais ou menos satisfeito com as chamadas de Francisco Trincão e Pedro Gonçalves (antes de se lesionar), é a vez do Benfica chorar o ostracismo a que tem sido votado Florentino, ou Florentino Luís.

Na verdade, custa-me perceber como é que Florentino nunca foi convocado para a seleção nacional, sobretudo depois da excelente época que fez no primeiro ano de Roger Schmidt e dos desempenhos na Liga dos Campeões, onde brilhou no capítulo dos desarmes nessa época e na atual é o jogador com mais recuperações de bola. Um dos argumentos para fazer vista grossa a alguns jogadores é o de que o campeonato português é fraquinho. Assim, as exibições na Champions serviriam para avaliar o desempenho de um jogador no mais competitivo dos ambientes.