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Tribuna Expresso
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Bola de Berlim

Desligados da corrente: o Schalke à procura de nova energia na cidade do carvão

O Schalke 04, de Gelsenkirchen, nasceu das minas de carvão e tornou-se no segundo clube alemão com mais sócios. Quando o negócio encerrou, a cidade mergulhou na pobreza. O clube resistiu com a ajuda de um patrocínio “maldito” da Gazprom, empresa de gás russo, sofrendo um duro golpe com a invasão da Ucrânia. Gelsenkirchen e a sua amada equipa lutam agora por uma nova energia que os devolva à glória. Este é o sexto texto da ‘Bola de Berlim’, série de reportagens feitas nas regiões e cidades-sede do Euro 2024
Um dos mais titulados clubes da Alemanha, o Schalke 04 está em crise, tal como a cidade de Gelsenkirchen
picture alliance

Tiago Carrasco

Estádio: Veltins-Arena (Arena AufSchalke)

Região: Renânia do Norte – Vestfália

Quando os tanques russos invadiram a Ucrânia, em fevereiro de 2022, milhares de alemães sentiram que as suas vidas iriam mudar dali em diante: era preciso apoiar militarmente os ucranianos e encontrar alternativas para o gás e petróleo importados da Rússia.

Para o Schalke 04, de Gelsenkirchen, a mudança foi imediata: o clube era patrocinado há 15 anos pela Gazprom, a empresa pública de gás russo, num contrato que lhe chegou a render cerca de 20 milhões de euros anuais, mas continuar com o nome da firma estampado na camisola passava a ser insustentável.

“Cancelámos imediatamente o acordo”, diz, à Tribuna Expresso, Thomas Spiegel, diretor do departamento de Tradição do Schalke 04. “A parceria foi polémica desde o início e passámos demasiados anos a assobiar para o lado, ignorando o que os russos fizeram na Geórgia, na Síria e na Crimeia. Apesar do duro golpe financeiro, ficou claro que tínhamos cometido um erro e que só havia uma coisa a fazer: desvincular-nos da Gazprom”.

O emblema do vale do Ruhr, no oeste do país, replicou o erro cometido pelo governo federal da Alemanha: confiar no regime de Vladimir Putin. O clube estava dependente dos milhões da Gazprom, assim como a indústria alemã alicerçava a sua competitividade nos baixos preços do gás importado de Moscovo, para o qual estava a ser construído inclusivamente o maior gasoduto europeu, o Nord Stream 2. De repente, mediante a agressão russa, Berlim ficava obrigada a acelerar a transição energética para evitar a paralisação das fábricas e o congelamento dos lares no inverno.

Já o Schalke, via o seu buraco financeiro agravar-se.

Artigo exclusivo para subscritores.Clique aqui para ler.

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