Iga Swiatek gosta de ler, de ouvir música rock e tem um sentido de humor peculiar, sarcástico, com uma timidez social que a torna muito carismática. Mas, acima de tudo, Iga Swiatek é a melhor e mais regular jogadora de ténis do momento, a única constante num mundo da WTA cheio de altos e baixos de rendimentos, despedidas precoces e fenómenos inconsistentes.
Depois de um 2022 em grande, com dois títulos do Grand Slam (Roland-Garros e US Open) e uma série de 37 encontros seguidos a ganhar, a polaca começou a temporada caindo nos oitavos-de-final do Open da Austrália contra Elena Rybakina, que seria a finalista vencida em Melbourne. No regresso aos torneios, no WTA 500 de Doha, Swiatek voltou a apresentar a sua melhor verão.
Isenta na primeira ronda; 6-0, 6-1 contra Danielle Collins na segunda; uma desistência de Belinda Bencic a seguir; 6-0, 6-1 face a Veronika Kudermotova nas meias-finais; 6-3, 6-0 diante de Jessica Pegula na final. Foi este o tranquilo percurso da líder do ranking até ao 12.º título da carreira.
Em Doha, Swiatek retomou o hábito de ganhar partidas por 6-0, sem ceder qualquer jogo, testemunho evidente da superioridade que apresenta face às rivais. No total do torneio, só perdeu cinco jogos e apenas esteve três horas em court, qual sprinter com pressa de despachar o assunto.
Foi o 12.º título da carreira da polaca de 21 anos, que revalida a conquista de Doha em 2022. Nenhuma jogadora retinha a vitória num torneio desde… Iga Swiatek, quando levantou o troféu de Roma, no ano passado. A tal única regularidade no universo WTA.
Após a final, Swiatek mostrou-se “muito feliz”, por ter “encontrado mais equilíbrio”, por comparação com o início da temporada. “Este torneio dar-me-á muita confiança”. Uma espécie de aviso à navegação para o resto do circuito.