O US Open quase aí e, além da novidade que é poder espremer uma de cinco possibilidades para número 1 do circuito masculino, de mão dada com as 1001 possibilidades que acontecem no mapa das mulheres, haverá uma novidade neste torneio: o teste para coaching (indicações do treinador) que entrou em vigor para a segunda metade da temporada.
Ou seja, mediante algumas regras, será possível os treinadores chegarem finalmente e legalmente aos ouvidos dos tenistas. Deixaremos de ter avisos (warnings), desaparecerão os truques de comunicação e as mãos e os olhos que falam? Logo veremos.
Apesar de tudo, há limites para o coaching. Por exemplo, os treinadores terão de estar num lugar específico para poderem comunicar com o atleta. O coaching será permitindo sempre que não interrompa o jogo ou represente um obstáculo para o adversário. Mais: essas indicações só podem acontecer quando o jogador está no mesmo lado do court do seu treinador. Os gestos e a comunicação não verbal, aquela silenciosa rota secreta para as soluções, está permitida em qualquer momento. O que está proibido é haver conversas e trocas de ideias. Se o atleta sai do court, seja por que razão for, não pode falar com o treinador. Finalmente, as penalizações e multas continuarão a aplicar-se em caso de abuso ou até mau uso das especificidades mencionadas.
Taylor Fritz, atual número 12 do ATP, considerou o teste uma medida “idiota”. Já Daniil Medvedev, o líder do ranking, não tem nada contra, embora preveja pouco impacto. Já Justine Henin, a tenista que se retirou do ténis com apenas 25 anos, quando liderava o WTA, está completamente contra, admitiu em conversa com a Tribuna Expresso e outros jornalistas, numa mesa digital.