Jogo
“Nós defrontámos o Sporting, uma grande equipa, uma equipa que tem feito um excelente campeonato, um bom início de época. Sabíamos que íamos ter dificuldades. A nossa estratégia e aquilo que fizemos, nomeadamente nos primeiros 15, 20 minutos, não era bem a nossa intenção, não era bem o que queríamos fazer. Queríamos ser bem mais organizados, agressivos e mais determinados nas transições. Tivemos ali alguma dificuldade, consentimos algum jogo interior ao adversário. E o adversário acaba por fazer um golo, através de uma grande penalidade e de uma transição, em que o nosso jogador Fabrício acaba, do meu ponto de vista, de ter sofrido uma falta que não foi assinalada.”
Jogo II
“Reagimos. Conseguimos ser uma equipa muito rigorosa e determinada. Tentámos reagir, mas o Sporting acaba por fazer o 2-0. O jogo torna-se muito, muito difícil. E aí penso que tivemos uma coragem enorme, os meus jogadores tiveram uma coragem enorme e fizeram lembrar realmente o que é o São Luís, o que é a fortaleza do São Luís, o que é jogar aqui no Farense. Podemos recuar no tempo: posso dizer-vos que não me recordo de ver o Sporting, e este Sporting quie é um bom Sporting, a vencer por 2-0, a jogar com uma equipa com 10 elementos, consentir dois golos, ou seja, o empate e ainda consentir uma excelente oportunidade, que podíamos ter feito o 3-2, pelo Zé Luís. É um factor de grande coragem para os jogadores e o trabalho que eles tiveram. Estou muito contente com o desempenho, nunca nos acobardámos do jogo, pelo contrário. Fizemos sempre aquilo que nos era possível e conseguimos aquele empate que eu penso que era justo. Claro que o Sporting teve mais bola, a dominar, fechámos o que o Sporting pretende e no que é forte, que é o jogo interior. Eles começaram a jogar um pouco em desespero, com muitos cruzamentos. Nós, tranquilamente, conseguíamos anular esse aspeto e forma de jogar do Sporting.”
Jogo III
“Depois, vem mais uma situação que acaba por dar mais um golo ao Sporting e perdemos o jogo, por 3-2. Jogámos contra uma equipa equipa. Jogámos com o estádio cheio, o pessoal muito alegre, era um jogo que tinha tudo para ser muito feliz para ambas as equipas e acaba por ser muito infeliz para nós, Farense, porque os meus jogadores fizeram tudo para ter outro resultado. Dignificaram e mostraram a alma do Farense. Parabéns aos meus jogadores, pela coragem, determinação que tiveram, pelo espetáculo fantástico, queríamos fazer muito mais, mas, paciência, nem sempre conseguimos. Como diz o povo, bola para a frente. Esperemos pelo próximo.”
Jogo poderá levar Farense para outro patamar?
“Não. Não. Sabe porquê? Porque isto é sempre o mesmo. Estamos aqui a falar de quê? Isto é um jogo que teria de ser e foi bem disputado, duas equipas que se entregaram de corpo e alma ao jogo, cada qual com as suas armas, proporcionaram um bom espectáculo e não nos acobardámos, nem fomos hipócritas. Uma coisa vos garanto: o Farense nunca vai criar hipocrisia. Aquela hipocrisia que percebemos e sentimos no dia a dia. Duvidamos das situações, como é óbvio. Estou a tentar não falar, mas vou falar, porque no meu ponto de vista é capital: não dar o segundo amarelo ao jogador do Sporting [Hjulmand]. Isto é incrível. Pergunto como é que podemos ombrear? Todos queremos que haja um campeonato mais competitivo, que quando chegarmos ao final do campeonato que não haja diferenças de 20, 30 pontos para quinto, sexto e sétimo. Mas depois não percebemos o porquê dessas pontuações. Falar aqui e dizer algo mais, sabem o que vai ser apelidado? Mais uma vez vem o José Mota falar e aquelas tretas todas. OK? Grande espectáculo de futebol, parabéns ao Farense, pela atitude e coragem que teve a jogar com 10.