Será, porventura, aquilo que mais chateia um adepto de um dos grandes no seu estádio: olhar para o verde do relvado e perceber que a sua equipa não tem bola. Por alguns minutos durante a 1.ª parte, o Gil Vicente conseguiu ser essa equipa, desafiando a lógica deste Benfica dominador, trocando a esfera com toques certos e bem executados - e não é por acaso que é uma das equipas do campeonato com mais posse.
Por essa altura, o marcador até mostrava um empate. Duas grandes penalidades nos primeiros 20 minutos de jogo, uma para o Benfica, aos 9’, que João Mário transformou, e aos 17’ foi Fran Navarro, depois de Otamendi aconchegar uma bola com o braço. E, por isso, ouviram-se assobios na Luz.
É natural que as bancadas assim reajam. O Benfica é líder do campeonato, joga futebol de ataque, rápido e refrescante, que habitua bem (ou mal) os adeptos. Ver-se como que manietado em casa, para mais frente a uma equipa que nas duas últimas épocas venceu na Luz, não é coisa que se apresente. Ainda assim, os assobios serão injustos para um Benfica que ainda não perdeu qualquer jogo esta temporada e os jogadores assim o terão sentido.
Procedendo a resolver o jogo rapidamente.