A entrada em vigor do novo Regulamento de Agentes de Futebol (FFAR) trouxe a atividade para uma nova era. Ditou a FIFA que, a partir de 1 de outubro de 2023, seria necessário ter uma licença, conseguida após aprovação num exame, para exercer a atividade vulgarmente conhecida, também, por expressões como empresário, intermediário ou representante.
Em abril, no primeiro teste de sempre para obter o documento que se tornará indispensável quando setembro terminar, 3.800 candidatos apresentaram-se para o exame a nível mundial. Em Portugal, 147 pessoas sentaram-se em frente a computadores na Cidade do Futebol para realizar a prova, que em solo nacional teve o custo de €200 por examinando.
No entanto, só 1.962 pessoas, em todo o planeta, conseguiram acertar 75% das 20 questões de escolha múltipla propostas durante a hora que dura o teste, quantidade mínima para passar. A taxa de 52% de aprovação é, segundo Gonçalo Almeida, advogado especialista em direito do desporto que trabalhou na FIFA entre 2001 e 2006, resultado da “falta de noção do grau de dificuldade e de exigência da prova”, o que levou a que se “descurasse a formação, essencial para estar apto para o exame”, diz à Tribuna Expresso.