Nas últimas edições dos Jogos Olímpicos, uma cerimónia evocativa do massacre de Munique passou a ter lugar permanente no programa não desportivo. Estava-se a 5 de setembro de 1972 quando um comando da organização palestiniana Setembro Negro se infiltrou na aldeia olímpica com o intuito de atacar a delegação de Israel. O drama prolongou-se durante 20 horas. No final, 11 atletas e treinadores israelitas tinham sido assassinados.
Em Tóquio 2020, a cerimónia incluiu, pela primeira vez, um minuto de silêncio no estádio olímpico. Este ano, em Paris, o evento foi relegado para um local secreto, pelo receio de que se tornasse alvo de extremistas. Muito por força da guerra na Faixa de Gaza — e dos quase 40 mil mortos, contabilizados pelo Hamas —, o sentimento antissemita está em alta.