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Futebol nacional

Do Marítimo europeu ao sofrimento recente, crónica da descida do 3.º clube com maior percentagem de assistências na I Liga

Apesar de só Benfica e FC Porto terem tido, em média, os estádios com maior taxa de ocupação, o clube insular caiu à II Liga pela primeira vez em 38 anos. Uma descida que se segue a anos de gradual perda de competitividade, longe da regular presença nos lugares cimeiros de outrora

HOMEM DE GOUVEIA/Lusa

Já largos minutos tinham passado desde que o penálti falhado por Félix Correia selara a descida do Marítimo à II Liga, no playoff frente ao Estrela da Amadora, e ainda havia muitos desolados adeptos à procura de explicações junto de José Gomes, técnico dos insulares, ou de Edgar Costa, o experiente capitão natural de Câmara de Lobos. Olhando às faces que alternavam entre a tristeza e a indignação, era possível constatar que, para a maior parte dos que ali estavam de lágrimas a escorrerem pelos olhos, o cenário que se viverá em 2023/24 representará uma experiência vital totalmente nova.

Desde 1985/86 que o Marítimo estava de forma consecutiva na I Liga, o que significa que só quem tiver mais de quatro décadas de existência é que se recordará de ver os rubro-negros fora da elite da bola nacional. Tirando Benfica, FC Porto e Sporting, presentes em todas as edições do principal campeonato, só o SC Braga militava há mais tempo na máxima categoria.