O tenista-filósofo chegou à primavera num mau momento. Stefanos Tsitsipas, o grego que gosta de partilhar fases que convidam à reflexão, acumulou resultados abaixo das expetativas, os quais o fizeram sair, em fevereiro, do top 10 do ranking ATP pela primeira vez desde março de 2019.
Ao entrar na temporada de terra batida, a sua superfície preferida, o ateniense estava ausente de qualquer final desde Los Cabos, em agosto de 2023. No entanto, a chegada do pó de tijolo tão do agrado de Tsitsipas marca, também, o regresso dos grandes resultados.
No Masters 1000 de Monte Carlo, o torneio com o qual tem uma mais bem-sucedida relação, Stefanos Tsitsipas voltou aos títulos, selando um hat-trick monegasco. Depois de 2021 e 2022, voltou a ser o melhor no principado, chegando aos 11 troféus na carreira.
Na final, o grego, 12.º da hierarquia — já garantiu que voltará a estar entre a dezena de melhores —, derrotou Casper Ruud, (8.º) outro especialista da superfície. O finalista vencido de Roland-Garros em 2021 bateu o derrotado do major parisiense em 2022 e 2023 por claros dois sets a zero (6-1 e 6-4), num embate que durou uma hora e 37 minutos
Casper Ruud vinha da melhor vitória da carreira, ao derrotar Novak Djokovic nas meias-finais. Do outro lado do quadro, Tsitsipas também surpreendera, batendo Sinner.
Na final improvável, o helénico foi claramente melhor, quebrando o serviço do norueguês em quatro ocasiões. Ruud, que nunca ganhou um torneio acima da categoria 250, continua a ficar à beira dos maiores troféus. Entre Grand Slams, ATP Finals e Masters 1000, são já seis finais disputadas e nenhuma vencida.
Aos 25 anos, a celebração de Stefanos evidenciou a importância do triunfo para a carreira do grego. Deitou-se na terra, levou as mãos à face cheio de emoção, abraçou a sua equipa.
“A sorte protege os audazes”, escreveu, após ganhar o encontro, numa das câmaras da transmissão televisiva. O tenista-filósofo está de volta aos grandes momentos.