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Rúben Amorim: “Mais do que ter sido o Benfica a ganhar, fomos nós que perdemos o dérbi”

Na antevisão ao jogo da Taça de Portugal contra o Dumiense (domingo, 18h00, Sport TV1), o técnico voltou a abordar o dérbi, considerando que o Sporting “não foi a equipa que deveria ter sido”. Quanto aos perigos de um adversário do Campeonato de Portugal, foi claro: “Já fomos avisados contra o Olivais e Moscavide. Podemos cair uma vez, não podemos cair duas vezes”

Octavio Passos/Getty

Dificuldades contra o Olivais e Moscavide e no ano passado contra o Varzim

“Contra oOlivais e Moscavide falhámos muitos golos e sofremos um golo no início porque não entrámos com a concentração devida. Sabemos que os jogos da Taça têm sempre esse perigo. Vamos enfrentar o jogo sabendo que não podemos entrar desconcentrados. Jogamos em casa e temos uma responsabilidade maior de fazer um jogo competitivo e alegre. Temos a obrigação de tornar o jogo alegre”

Trabalho na paragem

“Aproveitámos para trabalhar as lacunas que temos, sofremos vários golos. Acho que não fizemos uma grande exibição no dérbi. Fomos a melhor equipa mas, olhando para o patamar que queremos atingir, não fizemos um grande jogo. Recuperámos jogadores fisicamente, como o Geny [Catamo], que está aptó. Aproveitámos nuances para o futuro, também”

Amorim nunca ganhou a Taça

“É uma competição que queremos vencer, não só a equipa técnica, mas também o clube, que nem sequer tem conseguido chegar à final. Vamos aproveitar o jogo para vencer, que é a prioridade, mas também para colocar em prática o que estamos a tentar fazer”

Perigo de entrar adormecido, tal como contra o Olivais

“Acho que não, porque eles [jogadores] sabem que isso tem consequências e interfere no futuro. Já fomos avisados contra o Olivais e Moscavide. Podemos cair uma vez, não podemos cair duas vezes. O jogador que nos eliminou [João Faria, que na época passada fez o golo que deu o triunfo ao Varzim] está do outro lado, não podemos facilitar em nada. É daqueles jogos em que as equipas grandes não têm nada a ganhar, principalmente as equipas técnicas, mas os jogadores têm, a competição entre eles é grande. É perante os nossos adeptos, temos de tornar o jogo agradável e não aborrecido. O adversário também joga, mas a grande responsabilidade está do lado do Sporting”

Incómodo com o resultado do dérbi

“Ninguém ficou satisfeito. Era um momento importante, não o podemos esconder. Teríamos uma vantagem de seis pontos e passámos para uma igualdade, é uma grande diferença. É um jogo que já está arrumado, mais do que ter sido o Benfica a ganhar, fomos nós que perdemos o dérbi. Não fomos a equipa que deveríamos ter sido, tivemos um jogador expulso por culpa nossa. O sabor não é bom, mas é importante que toda a gente sinta a derrota. Deveríamos ter vencido aquele jogo, não ganhámos. O campeonato é longo, não acabaria naquele momento com a vitória do Sporting, não acabou agora”

Opinião sobre o VAR

“Não mudo a minha opinião, seja a favor ou contra o Sporting. Acho que traz justiça ao futebol. Sou, acima de tudo, a favor da justiça nos resultados. Já houve um grande erro do VAR, no Casa Pia, contra o nosso adversário e a nosso favor. Sou muito a favor do VAR e espero que continue”

Sporting vai ao mercado procurar um reforço para a ala direita ou apostará num jovem da formação?

“Não vou falar de ninguém da formação. Já o fiz no passado e sinto que é uma pressão muito grande para eles. Há muita gente à volta, os empresários, e eu estar a adiantar nomes aqui faz com que percam o foco. Há jogadores que poderão aproveitar esse espaço, ou não. Com o Inácio a jogar no meio-campo, podemos meter um dos defesas a saltar para o meio-campo e adaptar um jogador que possa fazer aquela posição a atacar, mas sendo outro a defender. Podemos adaptar um bocadinho a forma de jogar para salvaguardar a posição. Quanto aos jogadores que podemos atacar no mercado, não é hora de falar disso. Digo o mesmo de sempre: nunca vamos contratar um jogador só para um mês, porque não somos ricos. Veremos o que faremos em janeiro. Temos de ter em conta os jogadores que já sabemos que têm abordagens e nós temos de preparar o futuro, porque há jogadores que precisam de três, quatro ou seis meses para se adaptarem. Vamos salvaguardar tudo”

Condição física de St. Juste

“O St. Juste vem de uma fase complicada. Está apto para jogar, mas o Ousmane [Diomande] vai para a CAN em janeiro e nós temos de fazer um reforço muscular com ele. Olhámos para este jogo, temos outras opções, ele fez um trabalho específico, mais ginásio, estamos a equilibrar o corpo todo dele, tornando o St. Juste mais forte para que em janeiro possa estar mais protegido para qualquer eventualidade porque nesse mês vamos perder o Ousmane. Estará, certamente, apto para a Atalanta”

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