Na lista das cinquenta compras-recorde da história do futebol, há espaço para muitos: de Rio Ferdinand (€47 milhões) em 2002, quando trocou o Leeds pelo Manchester United, a Neymar (€222 milhões) na época passada, quando saiu do Barcelona para o Paris Saint-Germain; também há Mbappé (€145 milhões, Mónaco-PSG), Bale (€100 milhões, Tottenham-Real Madrid), Cristiano Ronaldo (€94 milhões, Manchester United-Real Madrid) ou Lukaku (€85 milhões, Everton-Manchester United).
Porquê esta lista? Por isto: dizem em Espanha e em Itália que a transferência de Ronaldo para a Juventus está por horas, mas enquanto esta não se concretiza (ou, eventualmente, falha), façamos um pequeno exercício aritmético, que começa com esta pergunta: quantos jogadores de 30 ou mais anos foram transferidos por 100 milhões de euros? A resposta: nem um. E quantos futebolistas foram comprados por mais do que €45 milhões de euros? A resposta: nem um.
Ou seja, a confirmar-se, não só Ronaldo, de 33 anos, seria vendido por mais dinheiro do que foi em 2009, ao trocar Manchester por Madrid, como se tornaria o trintão mais caro da história desta modalidade, contrariando a teoria do ciclo de vida do produto. Porque Ronaldo estende e estende o seu tempo de maturidade no tempo, e enquanto outros rumam a clubes tipo Club Med nos Estados Unidos, China, Qatar ou Arábia Saudita, o português continua a ser um ativo procurado.