Num primeiro momento, as declarações extravagantes de Martin Anselmi em conferência de imprensa, a dizer que mostrava aos jogadores as estatísticas para lhes fazer compreender onde tinham de melhorar, passou despercebida em Portugal. Mas não na Argentina onde o antigo capitão da seleção, Oscar Ruggeri, se afirmou perplexo com aquele discurso esotérico-matemático dos 4.9 de recuperações e dos 1.74 de xG. Depois, Otamendi, outro argentino, também reagiu: “Matas-me se me falas de números como o Anselmi. É melhor tê-lo do outro lado. Mas ele está na moda aqui.”
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Sismo de 4.9 na escala de Anselmi
Talvez seja uma hipérbole dizer que Anselmi está na moda em Portugal. Ou talvez seja Otamendi a recorrer à fina ironia. Porém, é verdade que a chegada deste jovem treinador obscuro animou alguns setores do “comentariado” – oficial e oficioso, profissional e diletante – também rendidos às estatísticas, às métricas, à lengalenga dos “key passes” e dos golos esperados