Durante um breve período, o avançado brasileiro Adriano foi o futuro do futebol. Um jogador possante, capaz de enfrentar defesas e sistemas defensivos cada vez mais sofisticados, tecnicista (não ao nível de Ronaldo Fenómeno, mas não se pode pedir tudo), veloz e com um remate explosivo. Tal como o Brasil, Adriano foi o jogador do futuro e será sempre o jogador do futuro. Os problemas pessoais impediram-no de realizar um potencial raramente visto. E não houve nenhum amante do futebol que não tivesse deplorado o desperdício de tanto talento.
O próprio R9, massacrado por lesões, não atingiu as alturas que o seu talento justificava, só que era tão, mas tão bom, que se reinventou como ponta de lança, conquistou um Campeonato do Mundo de que se sagrou o melhor marcador e brilhou no Real Madrid, mesmo quando já não tinha joelhos para aquelas arrancadas que nenhum defesa podia travar. E não houve nenhum amante do futebol que não tivesse deplorado a metade do talento de Ronaldo a que não tivemos direito.