O anúncio confirmado pela página oficial do MotoGP, em pleno Dia das Mentiras, levou muitos adeptos do desporto a não acreditarem no negócio milionário entre a Liberty Media e a Dorna Sports. Mas era verdade.
Depois de ter adquirido os direitos de exploração da Fórmula 1 em 2016, a Liberty Media anunciou que vai passar a deter uma parte da Dorna Sports responsável pela organização do Mundial de MotoGP, o mais antigo Campeonato do Mundo de desportos motorizados.
Embora o negócio permita ao grupo norte-americano deter 86% da Dorna Sports (que fica apenas com 14%), a empresa que detém exclusivamente os direitos comerciais e televisivos do MotoGP, vai continuar a ser gerida de forma independente, com sede em Madrid e Carmelo Ezpeleta no cargo de CEO, que reagiu de forma positiva ao anúncio desta segunda-feira.
“Este é o próximo passo perfeito na evolução do MotoGP e estamos entusiasmados com o que este marco traz à Dorna, ao paddock do MotoGP e aos fãs das corridas”, afirmou o espanhol.
Também Greg Maffei, presidente e CEO da Liberty Media, explicou que o negócio entre as duas empresas “tem uma vantagem significativa” e foi realizado com o intuito de “expandir o desporto para os fãs, equipas, parceiros comerciais e os acionistas do MotoGP”.
Até ao final do ano, espera-se que o negócio avaliado em mais de quatro mil milhões de euros esteja concluído. “A transação reflete um valor empresarial para a Dorna/MotoGP de 4,2 mil milhões de euros e um valor patrimonial de 3,5 mil milhões de euros”, lê-se em comunicado.
De igual forma, a Dorna Sports vai manter a organização dos campeonatos de Moto2 e Moto3, Superbike, MotoE e Mundial feminino, que vão passar a ser integrados no catálogo da empresa de media.
Artigo de Mariana Jerónimo, editado por Lídia Paralta Gomes