A relação de Rúben Amorim com o Sporting, não sendo umbilical (longe disso), é já duradoura o suficiente para terem nascido laços equivalentes aos da familiaridade. Evidenciando-se como um dos treinadores mais destacados da sua geração, o técnico de 39 anos é enfrentado pela fase da vida em que num pequeno ninho já não consegue guardar todo o reconhecimento que tem.
Saiu-lhe, em jeito de brincadeira, antes dos dois jogos contra o Benfica (para a Taça de Portugal e para o campeonato, cujo desfecho pode ter sido preponderante para o que os leões vierem a conquistar no final da época), uma declaração que, no mínimo, revelou que o adeus ao Sporting, no final da época, é tema de discussão dentro da estrutura: “O que me chateia é que já tinham substituto para mim e ainda hoje disse ao Hugo Viana [diretor-desportivo] para ter calma. Foi a única coisa a que dei atenção.”
A insistência da imprensa desportiva em apontar nomes à sucessão ao trono do reino do leão tem uma causa. De Inglaterra, chegam notícias de Liverpool. Depois de outros clubes da Premier League também o terem tentado, o clube está a tentar recrutar o sucessor de Jürgen Klopp, que vai deixar os reds na próxima temporada. Nada está oficializado e Rúben Amorim tem contrato com o Sporting até 2026. A cláusula de rescisão está nos 20 milhões de euros para clubes estrangeiros (€30 milhões se forem portugueses).
Porém, após Xabi Alonso anunciar que vai permanecer no Bayer Leverkusen, o cerco a Rúben Amorim começa-se a apertar. Rumores há muitos, as certezas são poucas, os factos ainda menos. Um dos cenários foi lançado pelo próprio. “Não, não consigo garantir”, disse, na semana passada, quando lhe perguntaram em conferência de imprensa se podia assegurar que estaria no Sporting na próxima temporada.
Mas que coisas bateriam certo, e outras nem tanto, numa eventual mudança de Rúben Amorim para Liverpool?