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Benfica - Sporting: um dérbi para a Taça que pode influenciar o dérbi para o campeonato

Na 1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal, o domínio da primeira hora do Sporting secou ofensivamente o Benfica, mas uma curta reação na 2.ª parte permitiu aos encarnados ainda estarem em jogo para a 2.ª mão (20h45, RTP1/Sport TV1), onde têm de reverter o 2-1 conseguido pelos leões em Alvalade. A equipa de Rúben Amorim pode jogar mais na expectativa, mas Schmidt tem de mostrar mais argumentos ofensivos e competência na primeira pressão

SOPA Images

Poderão dois dérbis na mesma semana serem jogos diferentes? Sim e não. Ligá-los é uma inevitabilidade, mas o jogo desta terça-feira tem a particularidade de ser uma 2.ª parte de 90 minutos que vale um bilhete para a final da Taça de Portugal, competição que o Benfica não vence desde 2016/17 e o Sporting desde 2018/19.

A 29 de fevereiro, a equipa de Rúben Amorim passou que nem um vendaval na 1.ª parte, fez o 2-0 no início da 2.ª, para se deixar depois enredar pela reação liderada por Ángel Di María. Os números do jogo contam-nos a história do porquê de um Sporting que chega ao segundo jogo, esta terça-feira (20h45, RTP1/Sport TV1), com uma vantagem demasiado magra para o que produziu nos primeiros 60 minutos: os leões remataram 19 vezes, acima da sua média de remates nos jogos da I Liga (16.5 tiros de acordo com a Driblab), mas acertaram no alvo em apenas quatro ocasiões, abaixo da média de 6.4 remates enquadrados que registam em jogos no campeonato. A eficácia foi escassa, apesar do domínio.

Já o Benfica teve na curta reação na 2.ª parte o caminho para a eficácia e para deixar a eliminatória em aberto. Marcou por Aursnes e viu um golo anulado a Di María. Mas os cinco remates no jogo de há um mês ficam a anos-luz da média dos encarnados na Liga (16.8). Desses, o Benfica enquadrou três, naturalmente abaixo dos 6.6 de média no campeonato.

Olhando para o percurso das duas equipas no campeonato, os dados equivalem-se mais do que seria de esperar em termos ofensivos. Nos golos esperados, o Benfica tem uma média de 2.27xG, enquanto o Sporting tem 2.01xG; no número médio de passes feitos por remate, a equipa de Roger Schmidt precisa de 32.5 passes, enquanto o Sporting é ligeiramente mais objetivo, com 30.5 passes até ao remate.