Tinha apenas 10 anos quando se sentou pela primeira vez nas bancadas do Jamor. Pedro Santos era então atleta da ADCEO, de Lisboa, e naquela tarde mágica de junho até pôde jogar ao lado dos companheiros no mítico tapete verde de onde tanta história brotou. “Poder pisar o relvado por uns minutos foi espetacular”, confessa o jogador do DC United, sem se recordar se afagou a bola antes ou no intervalo do FC Porto-SC Braga, na final da Taça de Portugal de 1998. Este domingo, os dois clubes decidem a 83ª edição do troféu no mesmíssimo palco.
Debaixo dos olhos do encantado Pedro Santos, a certa altura Sérgio Conceição bateu um canto filho da perfeição e Aloísio nem teve de sair do chão para meter o 1-0. “Com certeza, lembro bem”, diz o ex-futebolista. “Foi um jogo especial, bem complicado e difícil, o Braga tinha uma excelente equipa. O golo abriu-nos o caminho para o título.” Jardel fez o 2-0, Sílvio reduziu e Artur, aos 90’, confirmou mais um troféu para os senhores das Antas. Esse duelo juntou os treinadores que atualmente estão à frente de ambos os clubes. “O Conceição tinha boa técnica, muito forte, muito rápido, veloz no 1x1. Era um jogador diferenciado, excelente”, comenta Aloísio antes de elogiar o “bom jogador”, “central de marcação” e “que se posicionava bem” que estava enfiado na camisola 19 bracarense, Artur Jorge.