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A casa às costas

“No FC Porto até alteravam o meu nome, não punham André Leão na ficha de jogo, punham André Dragão. O árbitro mal via o nome começava a rir”

André Leão, de 39 anos, está de regresso à casa de partida, o Freamunde, onde iniciou o seu percurso. Nesta I parte do Casa às Costas, além dos primeiros 14 anos no clube da terra natal, falamos ainda sobre a passagem pelo FC Porto B e Beira-Mar, antes da partida para o estrangeiro, onde criou amizades para a vida e conquistou títulos no Cluj da Roménia. No regresso a Portugal, veio ganhar menos €10.000 por mês para jogar no Paços de Ferreira, onde assume ter vivido os melhores anos da carreira. Sem rodeios, diz o que pensa sobre os treinadores que teve e revela algumas histórias

FERNANDO VELUDO / NFACTOS (EXCLU

Nasceu em Freamunde. Comece por nos apresentar a família onde cresceu.
O meu pai trabalhava na construção civil, na área das casas de banho e a minha mãe era costureira. Tenho um irmão dois anos mais velho, o Hélder, e outro 15 anos mais novo do que eu, o Vítor.

Foi uma criança tranquila ou deu dores de cabeça?
Dizem que dei algumas. Era do tipo de esconder-me para não ir ao infantário. O meu avô ajudava-me [risos]. A minha mãe já sabia que quando ele estava muito calmo era porque tinha sido ele a esconder-me. De resto, dizem que andava sempre de bola na mão, mesmo com chuva, muitas vezes ia de calções e galochas lá para fora, para jogar à bola.

Tinha alguém na família ligado ao futebol?
O meu padrinho e tio era diretor do Freamunde, mas não tinha ninguém que jogasse ou tivesse jogado.

Sempre quis ser jogador de futebol?
Sim, sempre disse querer jogar futebol e ser médico, mas isso do médico passou rápido.

A casa às costas