Nasceu em Lisboa. Filho de quem?
De uns pais que sempre trabalharam muito para mim e para o meu irmão Diogo, dois anos mais novo que eu. A minha mãe, Maria José Moutinho, era encadernadora. O meu pai, Vítor Moutinho, foi montador litógrafo, uma profissão que acabou quando passou tudo a ser feito por computador. Depois foi taxista, segurança, fez várias coisas.
Onde cresceu?
Em Casal de Cambra. Vivi lá até quase aos 20 anos.
Deu muitas dores de cabeça aos seus pais?
Não tanto como o meu irmão [risos]. Sempre fui um rapaz calmo, embora na escola me portasse pior do que em casa. Mas nunca dei dores de cabeça, era só aquela coisa de dizer umas asneiras, de mostrar que sabia dizer. Nunca fui bom aluno, mas consegui ter as notas para passar de ano.
O que queria ser quando fosse grande?
Sem dúvida, jogador de futebol. Sempre disse que queria seguir esta profissão, ser jogador de futebol, sem saber o que vinha atrás.
Tinha e tem família ligada ao futebol. É primo do João Moutinho, internacional português que está no SC Braga.
Sim. Passava os verões com ele. As duas famílias, tanto a do meu pai como a do irmão dele, que é pai do João, estavam sempre juntas nas férias. Eles eram quatro irmãos e nós dois, andávamos sempre a jogar à bola. O pai do João jogou na I divisão, no Portimonense, Benfica, em algumas equipas conhecidas, o meu pai jogou no Benfica até aos 17 anos, mas como eram quatro irmãos teve de ir trabalhar, porque a vida era muito diferente do que é hoje.