Como foi parar ao Málaga, em fevereiro de 2013?
Foi algo que surgiu de repente, no último dia de mercado. Nem sequer tinha o meu telefone comigo. A maior parte das vezes acabava o treino e ia almoçar à casa da minha avó com a minha mulher. Estávamos a almoçar e de repente o telefone da minha mulher tocou. Era a mulher do presidente a dizer que o presidente estava farto de me ligar e que eu não atendia o telemóvel. Eu tinha deixado o meu telefone dentro do carro, porque era o último dia de mercado, nunca pensei que fosse surgir alguma coisa. Liguei ao presidente, que me diz que o Málaga estava muito interessado em mim e que eu tinha de dizer se queria ou não, porque se quisesse tinha de ir logo para lá. Era o último dia do mercado.
O que disse ao presidente?
Que era a minha oportunidade de voltar a estar no mais alto nível, numa equipa top e que se o Paços também ficasse a ganhar, queria ir. Ele disse para eu ir rápido para o escritório dele.
Ainda tinha empresário?
Na altura não. Foi nesse negócio que conheci uma pessoa que acabou por ficar meu empresário, o Joaquim Ribeiro, que agora até é presidente do Vizela. Estava sem empresário porque tinha tido um problema muito grande com o empresário anterior.
Que problema?
Ele pôs-me em tribunal exigindo comissões atrasadas. A Roma não lhe pagava as comissões, dizia ele, e ele exigia-me que eu pagasse. Estive uns bons anos em tribunal, mas ganhei a ação. A partir daí disse que não queria mais nenhum empresário, mas surgiu essa oportunidade do Málaga, não tinha quem me acompanhasse e tinha falado com o Joaquim, gostei da maneira dele e ficou.