Era sabido em Alcochete, quase do conhecimento geral, que Frederico Varandas tinha uma ideia em mente. Apreciador das qualidades de João Pereira, quem andava diariamente pela Academia do Sporting estava a par do plano do presidente do clube: ser o antigo jogador do clube a suceder a Rúben Amorim, o último treinador que teve na carreira, o tipo que o fez campeão nacional com os leões e o substituiu, em maio de 2021, no derradeiro jogo da época do primeiro título de campeão para uma simbólica homenagem das bancadas despidas de gente pela pandemia. “Espero que não me roube o lugar”, disse então Amorim, olhando para o futuro.
Na quinta-feira, com a fragrância desse futuro já bem no ar, o ainda técnico do Sporting defendeu que João Pereira “está claramente preparado para outros voos”. Melhor dizendo, para continuar a trajetória ascendente de um só voo interno. Logo em 2021 João Pereira rapidamente ficou como treinador dos sub-23. Esteve lá duas épocas e nesta subiu à equipa B em mais um degrau trepado cujo anúncio foi feito inadvertidamente por Rúben Amorim que se descaiu numa conferência de imprensa. Desta vez, na primeira ocasião que falou aos jornalista desde que foi oficializada mudança para Inglaterra, teve mais cautelas.
Também o presidente do Sporting, Frederico Varandas, adiou a divulgação do nome, apontando a 11 de novembro como o dia para desembrulhar o mistério. O próximo técnico, cujo nome continua a ser um segredo (mal guardado) será a “peça-chave para o projeto desportivo seguir em frente” e trata-se da “solução que estava a ser preparada para o verão de 2025”. João Pereira vai aterrar no destino há muito aprontado em casa: o Sporting inscreveu-o como técnico adjunto da equipa principal na época passada, para que assim cumprisse um dos critérios de entrada no curso UEFA A da Federação Portuguesa de Futebol, relativo ao terceiro de quatro níveis de treinador que existem.