As claques Juventude Leonina e Diretivo XXI vão ser obrigadas a abandonar as suas sedes no interior do estádio de Alvalade até ao final desta semana, apurou o Expresso junto de várias fontes. Os dirigentes destes dois grupos de adeptos terão já sido notificados para saírem das instalações nos próximos dias.
A Juventude Leonina está sediada na célebre ‘casinha’, um local cedido pela autarquia lisboeta ao clube, e o Diretivo XXI também tem a sede nas instalações de Alvalade. Estes são os locais onde nos últimos anos os ultra do Sporting se têm reunido em dias de jogos e armazenado o material de apoio como tarjas, tambores ou bandeiras.
O Sporting já tinha feito o aviso de despejo há mais de duas semanas mas ainda não tinha sido determinada uma data, pelo menos publicamente.
As relações entre a direção de Frederico Varandas e estes dois grupos de adeptos têm-se deteriorado de dia para dia, principalmente desde os incidentes e cânticos no pavilhão João Rocha durante um jogo de futsal, há cerca de três semanas. O carro de um dirigente leonino foi mesmo vandalizado na sequência dos protestos.
Varandas retirou alguns dos privilégios que eram até há pouco tempo dados como adquiridos pelas duas claques, como a oferta de bilhetes para os jogos de futebol.
O fim dos protocolos gerou uma onda de protestos entre dirigentes da Juventude Leonina e do Diretivo XXI que acusam o presidente do clube de estar a realizar uma gestão desastrosa.
Durante e depois dos jogos é possível ouvir cânticos anti-Varandas provenientes sobretudo da bancada superior Sul, onde habitualmente se sentam as claques verde-e-brancas.
Num discurso realizado há poucos dias, o presidente do Sporting acusou as claques de servirem de “guardas pretorianas” para fazerem o trabalho sujo a uma determinada direção.
Declarações que levaram a Juventude Leonina emitir mais um comunicado contra o número um do clube, garantindo que o presidente “mente descaradamente” e que esta claque “não é subserviente de nenhum presidente”.