Revista de Imprensa

Roger, o menino guerreiro que marcou pelo Braga aos 15 anos: “Eu não tinha dinheiro para nada, era o clube que me dava de comer e vestir”

Estreou-se com a camisola do clube minhoto aos 15 anos, marcou na Taça de Portugal, é visto como a grande promessa do Sporting de Braga. Mas nem sempre foi assim. Roger nasceu na Guiné-Bissau, esteve dois anos sem jogar por causa de papéis e a gratidão ao clube é evidente, agora que assinou o primeiro contrato profissional da carreira

MÁRIO CRUZ/Getty

Tribuna Expresso

Roger é o menino-bonito do Sporting de Braga. Aos 15 anos, bateu todos os recordes e chegou a marcar pela equipa principal, frente ao Moitense, já esta época para a Taça de Portugal. Como anunciado pelo clube, aos 16 anos, o jogador nascido na Guiné-Bissau assinou um contrato profissional com o clube até 2024.

A cláusula de rescisão é choruda, são 40 milhões de euros. É uma clara demonstração do que o Sporting de Braga vê no seu prodígio. Ainda que a intenção seja manter o jogador, não parecem haver dúvidas de que esses números podem vir a ser alcançados e alguém com mais poder financeiro do que os minhotos vai acabar por levar o hoje adolescente.

Por agora, Roger saboreia o momento e mostra-se orgulhoso por fazer parte da equipa principal dos bracarenses, ele que ainda há pouco jogava pelos sub-19. “Era o meu objetivo desde que cheguei,” admite, sorridente e aliviado.

Por razões burocráticas, Roger esteve dois anos sem jogar. “Foi muito difícil para mim,” admite. “Dava o máximo, se os documentos ficassem prontos, eu também estava pronto,” diz o jovem jogador, que revela: “Eu não tinha dinheiro para nada, era o SC Braga que me dava de comer e vestir”.

A gratidão é evidente e Roger não hesita: “É aqui que quero ser feliz e ser exemplo para outros miúdos”. O futuro dirá se o Braga vai ter braços para segurar o jovem futebolista.