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Tribuna Expresso
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Pinto da Costa

A vida e obra de Pinto da Costa, o rei dragão (1937-2025)

Em 42 anos de presidência, conquistou mais títulos para o FC Porto do que qualquer outro presidente de clube - e da história do futebol mundial. Pinto da Costa foi o rosto mais marcante do mundo do futebol português, para o bem e para o mal. Este é o perfil da sua vida, desde os Jesuítas até à glória nas Antas e no Dragão

Arquivo Expresso

Isabel Paulo

O rei dragão Jorge Nuno Pinto da Costa nasceu às 6h10 da manhã do dia 28 de dezembro de 1937, depois de ter atrapalhado a consoada da sua mãe, a austera Maria Elisa Bessa Lima Amorim. Era o quarto filho de um matrimónio que iria ter mais dois rebentos, logo antes de se esgotar, por manifesta incompatibilidade entre uma mulher profundamente religiosa, nascida numa das melhores famílias do Porto, e um homem — Alexandrino Pinto da Costa — que amou demais os prazeres da vida.

As diferentes origens sociais de Alexandrino e Elisa terão sido determinantes no desenlace do casamento, facto que marcou a educação dos seis filhos — José Eduardo, o mais velho e médico legista falecido em 2021, Maria Alice, professora, António Manuel, Jorge Nuno, Eduardo Honório, que estudou para padre e acabou professor, e Maria Eduarda, doméstica.

Maria Elisa Bessa Lima Amorim descendia de uma família rica em dinheiro e pergaminhos. O avô, Honório de Lima, imortalizado na toponímia da cidade, foi um abastado empresário, mecenas das artes e das letras e um dos melómanos mais reputados do Porto, como comprova o facto de ter fundado o Orfeão Portuense, já desaparecido. Proprietário do Teatro São João — que a família vendeu em 1996, ao Estado, por mais de cinco milhões de euros —, foi o promotor de memoráveis espetáculos do princípio do século.

Numa das suas visitas ao Porto, o grande Caruso cantou em privado para a família Lima, num auditório particular anexo ao palacete da Rua de Cedofeita, onde cresceu a mãe do incontornável presidente do FC Porto. Enquanto a mãe medrava no meio das audições privadas do grande tenor, o pai fez-se homem no meio de frutas cristalizadas, que tornavam o bolo-rei da Confeitaria Carlos Teixeira da Costa, na Foz Velha, o mais afamado do Porto. A família do avô paterno tinha uma pastelaria, negócio onde também trabalhava o tio Carlos, dirigente portista de quem o pequeno Jorge herdou a paixão azul e branca.

Conta quem sabe, terá sido esta décalage social a causa da separação do casal, drama que originou a severa educação matriarcal a que Jorge e os seus cinco irmãos foram submetidos. Alexandrino foi varrido da família assim que se ausentou de casa. Os colegas de escola pensavam que os meninos Pinto da Costa eram órfãos de pai. Jorge Nuno largou as fraldas quando a ‘blitzkrieg’ (guerra-relâmpago) de Hitler fazia cair como dominós as frágeis democracias da Europa, mas Salazar e Elisa, cada qual à sua maneira, pouparam a prole Pinto da Costa ao morticínio e a privações.

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