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“Um homem livre no universo”: este é o primeiro dia do resto da vida de Victor Wembanyama. E, quem sabe, de toda a NBA

Esta noite, o nome de Victor Wembanyama será certamente o primeiro a ser ouvido no draft da NBA, porque desde LeBron James que não se fala tanto sobre um jovem basquetebolista. O gigante francês, de mais de 2,20m, que se move como um bailarino, defende como um polvo e ataca como um criativo, está aí para mudar o rumo dos Spurs e talvez da própria NBA. Perguntámos ao scout português António Dias porque é Wembanyama tão especial

OLIVIER CHASSIGNOLE/Getty

JJ Redick é um antigo base da NBA que, ainda antes de se atirar à reforma, criou um dos podcasts mais bem-sucedidos sobre a liga, o “The Old Man and The Three”. No último episódio, o antigo jogador dos Magic, Clippers ou 76ers, entre outros, viu-se, subitamente, sem palavras, algo pouco habitual para quem tinha olho de falcão para os triplos e agora ganha a vida a falar para uma larga audiência.

À sua frente está um miúdo de 19 anos que o faz parecer um homem mirrado, apesar do seu 1,91m de altura. Victor Wembanyama é francês e ninguém parece saber ao certo quanto mede: oficialmente tem 2,21m, mas há quem lhe atribua 2,25m. Questões de centímetros que serão minudências no grande esquema das coisas: Wembanyama é considerado o jogador mais promissor a chegar à NBA desde um tal de LeBron James, em 2003. Esta noite, no Barclays Center de Brooklyn, Nova Iorque, o seu nome será o primeiro a sair da boca de Adam Silver, comissário da NBA, no draft de 2023.

E há anos que se sabe que assim será. O que nos leva de novo para o podcast de Redick. Quando questionado sobre o que o motiva, o miúdo francês veste uma qualquer capa de ancião e, num inglês irrepreensível, ao qual nem sequer faltam expressões mais coloquiais próprias dos nativos, atira: “Quando preciso de energia, quando estou cansado, quando preciso de lutar no court, lembro-me sempre: sou um homem livre no universo. Sei o que quero e nada me vai travar. Não só no court como na vida”.