É um assunto delicado. Apesar das memórias que detém não serem capazes de o fazer recordar do acontecimento, Diogo Cancela não gosta de falar do assunto. “Não tenho recordações nenhumas de ter os dois braços. Tive um acidente na serralharia do meu avô quando tinha três anos. Mas prefiro não falar disso com mais detalhes. É um tema sensível”, assume o nadador.
Seguiram-se semanas e meses de consultas exaustivas de fisioterapia e de aulas de natação, de forma a criar as condições necessárias para a correção e compensação para o corpo ainda em desenvolvimento do futuro atleta. As viagens eram longas e as consultas e aulas não agradavam ao pequeno Diogo. “Sempre achei a fisioterapia algo chato, então decidimos optar apenas pela natação. Mesmo assim, no início, não gostava. Achava chato por ser uma obrigação. Queria era jogar futebol e andar a correr na rua”, recorda.