Apesar do boccia ser uma modalidade que não é conhecida por ser coletiva, a verdade é que existe uma equipa por trás dos atletas. A comunhão tem de ser total, em uníssono perfeito como se de uma alcateia de lobos se tratasse. Dentro da quadra, é possível observar um segundo elemento que auxilia Cristina Gonçalves, a portuguesa campeã paralímpica em Paris no domingo, em determinados momentos da partida. Um apoio que transcende o campo. “Gosto muito da Mariana. Ela é maravilhosa. Tenho que lhe agradecer muito pela ajuda que ela me dá. É uma pessoa calma, o que me acalma também quando estou mais nervosa. É uma paz de pessoa”, confessa a atleta com um sorriso contagiante a descrever-lhe os lábios.
Mariana Nunes é técnica de vida diária da “loba” que venceu o ouro para Portugal. Contudo, mesmo com seis presenças paralímpicas no currículo, não é desde sempre que de vitórias e medalhas viveu Cristina Gonçalves. “No princípio perdia, perdia e perdia. Ficava sempre muito nervosa com isso tudo. Mas depois com os treinos fui melhorando”, recorda a atleta de 46 anos.