Futebol nacional

Não houve acesso ao VAR por culpa de uma tomada elétrica, mas FPF garante que ligação do Dragão à Cidade do Futebol “nunca falhou”

Feita a análise ao incidente com o VAR no FC Porto-Arouca, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol explica a única tomada disponível na área de revisão junto ao relvado “não tinha corrente elétrica” e que o sistema de reserva esgotou-se ao longo do jogo, mas “a solução técnica que liga a Cidade do Futebol ao Estádio do Dragão não registou qualquer falha”. Ao todo, houve 14 minutos em que o VAR não teve energia no recinto

FERNANDO VELUDO/Lusa

Foi uma questão de tomadas, energia elétrica e, no fundo, uso de ‘baterias’ de reserva. É o que se depreende pela explicação apresentada, na manhã desta segunda-feira, pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), feita a análise ao episódio visto na véspera durante o FC Porto-Arouca, quando o árbitro principal do jogo não conseguiu ter acesso às imagens do VAR.

Assegurando que “a solução técnica que liga a Cidade do Futebol ao Estádio do Dragão não registou qualquer falha”, a explicação do Conselho de Arbitragem justificou o sucedido com uma falha da “única tomada elétrica” disponível junto à área de revisão do árbitro. Quando quem de direito se apercebeu de tal carência, acionou-se o “sistema de energia de reserva” que já se tinha esgotado aos 90', no momento em que o árbitro foi urgido pelo VAR a ir ver as imagens do lance em que assinalara um penálti de Bogdan Milovanov sobre Mehdi Taremi.

Ainda foi utilizado um segundo sistema de reserva que apenas restabeleceu o normal funcionamento da tecnologia aos 101 minutos. Daí o árbitro ter recorrido, retratou o Conselho de Arbitragem, a um “equipamento móvel – disponível em todos os estádios - a fim de comunicar com o Centro de Vídeo Arbitragem, na Cidade no Futebol”. O tal “walkie-talkie” previsto no protocolo do VAR que o responsável pelo apito usou e que parecia um telemóvel.

O órgão da FPF lembrou que o episódio constituiu uma raríssima exceção à norma, ao acrescentar que “o VAR foi introduzido em Portugal em maio de 2017 e o tempo de funcionamento sem quebras do serviço é de 99,8 por cento”.

O comunicado do Conselho de Arbitragem da FPF:

“No seguimento do incidente verificado no jogo FC Porto - Arouca, da quarta jornada da Liga Betclic, o Conselho de Arbitragem informa o seguinte:

No jogo FC Porto - FC Arouca verificou-se, ao minuto 87, uma falha de comunicações e vídeo na área de revisão do árbitro (RRA - Referee Review Area).

Face ao sucedido, foi utilizado um equipamento móvel – disponível em todos os estádios - a fim de comunicar com o Centro de Vídeo Arbitragem, na Cidade no Futebol.

Perante o ocorrido, o Conselho de Arbitragem solicitou informação técnica, que agora se partilha.

Ao analisarem o incidente, os técnicos concluíram que a única tomada elétrica disponível na área de revisão do estádio não tinha corrente elétrica e que ao longo do jogo o sistema de energia de reserva - também conhecido como UPS (Uninterrupted Power Supply) – esgotou-se.

Esta tomada elétrica não possui energia socorrida ou assistida, de acordo com informação técnica.

Assim que foi detetada a falta de energia, iniciou-se o processo de mudança dos equipamentos para o segundo sistema de energia de reserva (UPS), tendo o serviço sido completamente restabelecido ao minuto 101.

A solução técnica que liga a Cidade do Futebol ao Estádio do Dragão não registou qualquer falha.

A vídeoarbitragem da Liga Betclic recorre a tecnologia certificada e utilizada em diversas competições internacionais.

O VAR foi introduzido em Portugal em maio de 2017 e o tempo de funcionamento sem quebras do serviço é de 99,8 por cento.”