“Eu demitir-me? Nem hoje, nem amanhã. Escusam de continuar a perguntar-me se me vou demitir, porque não vou. Se o presidente entender que não me quer como treinador, então havemos de encontrar uma solução, isso sim”.
Estas palavras de Fernando Santos depois da derrota (2-0) da Polónia contra a Albânia ficam para a história como o princípio do fim da era do português no comando da equipa de Lewandowski e companhia. Após muita especulação, a federação polaca confirmou que o ex-selecionador nacional abandona o comando da seleção à qual chegou em janeiro.
Depois do Mundial 2022, o treinador de 68 anos não demorou a arranjar trabalho, assinando alguma semanas depois pela Polónia. Só que acabou por orientar apenas seis jogos, com três vitórias e três derrotas.
“Apesar de estarmos a terminar a nossa ligação, estou grato por ter liderado a seleção polaca e desejo tudo de bom à Polónia e ao seu povo, que tão bem me acolheu enquanto aqui vivi”, disse o também antigo selecionador da Grécia, em declarações difundidas pela federação polaca.
As coisas começaram logo a correr mal na estreia. Em Praga, a equipa de Santos perdeu por 3-1 contra a Chequia.
Após esse desaire, a Polónia bateu a Albânia, por 1-0, antes do melhor momento da era Fernando Santos. A 16 de junho, a equipa derrotou, num amigável, a Alemanha, por 1-0. Em 22 embates entre ambos os países, foi apenas o segundo triunfo polaco.
No entanto, depois do histórico êxito vieram os resultados que condenaram Fernando Santos. Perder contra Moldávia (3-2) e Albânia (2-0) foi um castigo demasiado duro, de nada valendo a vitória, por 2-0, contra as Ilhas Faroé, que ocorreu a meio das duas derrotas.
No Grupo E do apuramento para o Euro 2024, a Polónia é quarta, com seis pontos, atrás da Moldávia e Chequia (oito cada) e da Albânia (10). Depois do último mau resultado, Robert Lewandowski falou na necessidade de fazer “grandes mudanças”. Estas passaram pela saída de Fernando Santos.