A 24 de maio, Rui Vitória foi apresentado como novo treinador do Spartak Moscovo. Pouco mais do que seis meses depois, o ciclo do português como técnico do conjunto da capital russo terminou. Em comunicado oficial, o Spartak anunciou a saída de Rui Vitória, que deixa o emblema russo por "mútuo acordo", segundo o que se lê no anúncio publicado pelos moscovitas.
O Spartak, que agradece ao técnico pelo seu "profissionalismo" e "carácter admirável", comunicou que Arnaldo Teixeira, Sérgio Botelou, Luís Esteves e Walter Dias, adjuntos de Rui Vitória, também abandonam o clube.
O conjunto de Moscovo agradeceu também a Rui Vitória pelo que fez na Liga Europa, mas reconheceu a necessidade de melhorar a posição da equipa no campeonato, evidenciando bem a diferença de rendimento do Spartak no plano interno e externo ao longo do período no qual foi orientado pelo ribatejano.
Na Liga russa, o Spartak ocupa uma modesta nona posição, com 23 pontos somados em 18 rondas, fruto de seis triunfos, cinco empates e sete derrotas. Os moscovitas só venceram em uma das últimas oito jornadas realizadas.
Por outro lado, nas competições europeias o rendimento foi bem diferente. Após cair na 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões contra o Benfica, o Spartak apresentou bons resultados na Liga Europa, terminando o grupo C no primeiro lugar, à frente de Nápoles, Leicester e Legia Varsóvia.
Os dois triunfos da formação russa contra o Nápoles serão, mesmo, os resultados mais sonantes de Rui Vitória nos seus meses no comando do Spartak, que garantiu a passagem aos oitavos de final da competição.
Agora, depois de 26 partidas no banco de um dos históricos do futebol russo, Rui Vitória termina a sua segunda aventura no estrangeiro - anteriormente estava no Al Nassr, da Arábia Saudita.
Recorde-se que, em Portugal, o técnico se destacou ao serviço do Fátima, tendo orientado, na I Liga, Paços de Ferreira, Vitória SC e Benfica, onde foi bicampeão nacional.