As caixas de e-mail emanaram fumo branco a meio da tarde de quarta-feira, a poucos de dias de ser assinalado um mês para o arranque do Campeonato do Mundo de futebol jogado por mulheres. A FIFA do pé tantas vezes batido pela voz do seu presidente, da sua secretária-geral e da sua diretora para o futebol feminino, todos dizendo que as jogadoras merecem “um preço justo” pelos direitos televisivos dos jogos, anunciava a boa-nova: finalmente, arranjou-se forma de haver um acordo para “assegurar” a transmissão das partidas em “canal aberto” de 34 países da European Broadcast Union (EBU).
Uns parágrafos abaixo, quando se identificaram as nações às quais os ditos canais pertencem, contudo, não constava Portugal, apesar de o país integrar a dita rede de operadores de televisão públicos europeus. Seria um lapso, uma falha de redação do comunicado, ou a RTP, que por norma transmite os jogos da seleção nacional feminina, não estaria incluída no pacote? Por definição, sim, o canal faz parte da EBU, mas, neste caso, ficou de fora. E há uma explicação.