Há piscares de olhos mais lentos do que o tempo que separou Max Verstappen e Sergio Pérez na qualificação para o GP do Japão. O neerlandês superou o colega de equipa por meros 66 milésimos de segundo e somou a quarta pole-position da temporada. O segundo piloto da Red Bull, por sua vez, realizou a melhor qualificação da temporada, lançando expectativas quanto a um eventual 1-2 da Red Bull no circuito de Suzuka.
Até quando tudo parece estar a correr na perfeição, a Red Bull encontra espaço para problemas, tal como, aliás, tem sido apanágio esta época desde que o Caso Horner estalou. A relação entre Max Verstappen e Sergio Pérez sabe-se que é mais imposta pelas circunstâncias do que voluntária, mas os focos de tensão dentro da equipa multiplicam-se a cada dia que passa.
Helmut Marko, o experiente conselheiro da Red Bull e braço direito de Max Verstappen, disse após a qualificação do GP do Japão que o desempenho de Sergio Pérez terá sido motivado pela necessidade de dar nas vistas para garantir um lugar na grelha em 2025, uma vez que o contrato do mexicano termina no final deste ano.
“No ano passado, o GP do Japão foi a pior corrida do Sergio, tudo lhe correu mal", disse Helmut Marko à Sky alemã, denotando surpresa quanto ao ritmo de qualificação de Pérez. “Talvez tenha importância o facto dos contratos do próximo ano estarem em jogo. Isso também pode ser muito motivador”.
Depois do anúncio da mudança de Lewis Hamilton para a Ferrari na próxima época, as dança da cadeiras começou na Fórmula 1. Max Verstappen tem até sido apontado como um dos potenciais sucessores do britânico na Mercedes, principalmente após a relação com o diretor da equipa, Christian Horner, ter dado sinais de degradação. Esta semana, Sebastian Vettel mostrou vontade de voltar a competir, sendo um nome que os responsáveis da Mercedes não excluíram como possível reforço da equipa.