Para se perceber o campeonato do Futebol Clube do Porto, os comentadores têm aconselhado a que nos concentremos em Pinto da Costa, Sérgio Conceição ou Mehdi Taremi. É evidente. São os nomes óbvios. Poderíamos juntar-lhes os jovens da formação, Vitinha, Fábio Vieira e Diogo Costa ou os portadores, vá, da mística portista, Pepe e Otávio. Análises mais amplas incluiriam o dr. Luís Gonçalves, também ele fiel depositário de uma cultura de décadas (os 40 anos disto que Varandas expeliu e que os portistas sabiamente adotaram como slogan).
Está tudo? Não. Falta o elemento essencial e esse é Zaidu, o lateral-esquerdo do Porto que, com um golo no Estádio da Luz, certificou a conquista do campeonato. Zaidu! Não sei se já viram Zaidu jogar, mas enquanto Benfica e Sporting se perderam em discussões do sexo dos anjos sobre a real valia de um Grimaldo ou de um Esgaio o Porto foi campeão com Zaidu. Mais: carimbou o título com um golo de Zaidu. Precisava do golo de Zaidu para ser campeão? Não. Nem sequer precisava de um jogador como Zaidu. Mas ele está lá. E marcou no jogo da festa.