O novo regulamento da UEFA para o licenciamento e financiamento dos clubes que participem nas competições que organiza foi divulgado e, de entre os mais de 100 artigos, o 21.º dita que todo o clube que queira disputar provas europeias no futebol masculino terá de estar presente, de uma maneira ou de outra, na vertente feminina do jogo.
Esse artigo estipula que "qualquer" equipa "deve apoiar o futebol feminino, implementando medidas e atividades destinadas a desenvolver, profissionalizar e popularizar" a modalidade. A UEFA indicou três formas em que o poderão fazer: inscrever uma equipa sénior ou de formação em "competições oficiais", prestar "apoio" - deixando o conceito apenas assim, de forma vaga - a um "clube afiliado de futebol feminino"; ou organizar "outras iniciativas" que sejam "definidas" pela respeita federação do país.
Apesar do novo regulamento entrar em vigor já no próximo 1 de junho, esta medida apenas será efetiva a partir do mesmo mês de 2023. Ou seja, poderá vigorar só durante uma época, pois a validade do documento vai até 2024.
Dos potenciais qualificados para as provas europeias de clubes de 2022/23, ainda não abrangidos por este regulamento, apenas o FC Porto, que lidera a I Liga, Tondela e Mafra, que tal como os dragões disputam as meias-finais da Taça de Portugal, não detêm equipas femininas.
No entanto, estes requisitos são classificados como ‘critério B’, sendo o seu incumprimento penalizado com multas, com valores por definir, sem impedir a participação nas competições europeias, como é descrito no artigo 8.º do regulamento.