Expresso

Os torneios do Grand Slam chegaram a um acordo: não haverá mais tie-breaks sem limite de pontos no quinto set

Há 12 anos, um jogo em Wimbledon durou 11 horas e cinco minutos muito por culpa do desempate no quinto set, que chegaria aos 70-68 e prolongou-se por mais de oito horas. Não voltará a acontecer: os organizadores dos quatro majors (que têm autonomia da ATP e WTA) decidiram que esses tie-breaks nunca poderão exceder os 10 pontos

O jogo de ténis mais longo da história aconteceu devido à anterior regra: se houvesse um empate a seis pontos, só haveria um vencedor quando um tenista chegasse aos dois pontos de diferença
Oli Scarff/Getty

Lusa

Os quatro torneios de ténis do Grand Slam, Open da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Open dos Estados Unidos, vão adotar o mesmo formato no quinto set, que, em caso de empate 6-6, será disputado até aos 10 pontos.

A decisão foi anunciada hoje pelo Comité do Grand Slam e entrará em vigor em Roland Garros, de 22 de maio a 5 de junho, na terra batida parisiense, como forma de “criar uma maior coerência nas regras de jogo” e “melhorar a experiência os jogadores e adeptos” da modalidade.

“Esta decisão, aprovada pelo Comité de Regras do Ténis, regido pela ITF [International Tennis Federation], será aplicada em todos os torneios do Grand Slam, na competição de singulares e pares masculinos, singulares e pares femininos, no torneio de cadeiras de rodas e provas singulares de juvenis”, especificou o comunicado.

No Open da Austrália, primeiro major da temporada, já se joga um tie-break até aos 10 pontos em caso de empate 6-6 no decisivo ‘set’, mas Roland Garros, por exemplo, não tem qualquer limite de jogos no desempate e em Wimbledon a quinta partida, em caso de empate, vai até ao 12-12, antes de se disputar o tie-break.

Já no Open dos Estados Unidos, uma vez atingido o 6-6 no quinto set, o tie-break é disputado até aos sete pontos.

“O Comité do Grand Slam pretende acompanhar isto ao longo de um ano, com o WTA, o ATP e a ITF, antes de solicitar qualquer alteração permanente às regras”, defendeu o mesmo comunicado.

A alteração às regras começou a ser equacionada depois de o norte-americano John Isner vencer o francês Nicolas Mahut no derradeiro parcial da primeira ronda de Wimbledon, em 2010, por 70-68, ao fim de oito horas e 11 minutos.