Ou seja, e caso venha a ser provado, a notícia sugere que as autoridades estarão a investigar que tal poderia ser uma forma encapotada de o Benfica subornar o antigo árbitro.

O Regulamento Disciplinar da Liga Portugal prevê, no artigo 62.º, que “o clube que, através da oferta de presentes, empréstimos, promessas de recompensa ou de qualquer outra vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer elemento da equipa de arbitragem ou terceiros, direta ou indiretamente, expressa ou tacitamente, solicitar daqueles agentes uma atuação parcial, de forma a que o jogo decorra em condições anormais, ou com consequências no seu resultado, ou que seja falseado o relatório do jogo, é punido com a sanção de descida de divisão”. Se “o ilícito” for cometido “na forma de tentativa”, o clube em questão “será punido com a subtração de pontos” entre “o mínimo de cinco e o máximo de oito”.

Bruno Paixão admitiu ao canal de televisão que recebeu pagamentos da empresa, mas atribuiu-os a “um serviço” prestado de “controlo de qualidade” que terá efetuado enquanto ainda apitava jogos da I Liga. O ex-árbitro terminou a carreira de campo em 2018/19, tendo exercido, depois, funções vídeo árbitro e de observador de partidas no Campeonato de Portugal (III Divisão) até ao final da época passada, quando abandonou em definitivo a carreira na arbitragem.

O antigo homem do apito, que se tornou internacional em 2004, negou à “TVI” ter recebido qualquer tipo de pagamento da parte do Benfica e declarou, também, não ter recebido qualquer contacto da parte da Polícia Judiciária.

Entretanto, o Benfica publicou um comunicado, no qual torna pública as “respostas dos advogados” do clube às “questões colocadas pela TVI”. No texto, diz-se que “nunca a Benfica SAD ou os seus representantes legais foram confrontados com quaisquer factos que envolvessem o nome do Senhor Bruno Paixão e/ou quaisquer acusações de corrupção desportiva”.

(Notícia atualizada às 19h50m, incluindo o comunicado do Benfica)