Há vários sintomas que apontam para que algo esteja errado com a atribuição do estatuto de humana a Vivianne Miedema. O diagnóstico começa com a ausência de emoções. Não é normal alguém conseguir resistir ao furor do golo e, invariavelmente, recusar-se a celebrá-los. Os indícios apontam para que seja um robô, aparelho desprovido de sentimentos e capaz de ser mais produtivo do que as pessoas em tarefas comummente atribuídas aos mortais. Neste caso, a de marcar como uma máquina.
Exclusivo
Miedema, melhor marcadora da melhor liga da Europa, pergunta: “Queremos ser o futebol masculino ou que o feminino continue um lugar seguro?”
Nunca o futebol praticado por mulheres chegou a tanta gente, o que o coloca numa “encruzilhada”. “Com o crescimento, infelizmente, também vem a negatividade”, avisa Vivianne Miedema em conversa com a Tribuna Expresso. A neerlandesa do Manchester City, detentora do recorde de golos marcados na Liga Inglesa, alerta para os riscos da massificação, mas admite que a visibilidade deu às jogadoras (com atraso) o reconhecimento merecido