Defende uma abordagem holística quanto aos fatores que determinam a negociação dos direitos televisivos, olhando, além da performance desportiva, para a cultura dos clubes, a impacto social dos mesmos. Nesse sentido, o Benfica, pelo peso que tem em número de adeptos, pode de alguma forma "reclamar" uma fatia maior do bolo face aos seus rivais?
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“Partindo do modelo espanhol, é inevitável que o Benfica venha a ser o principal recetor das receitas da centralização”
Célia Gouveia é investigadora do ISCTE e autora de uma tese de doutoramento sobre os fatores que determinam a negociação dos direitos televisivos no futebol europeu. Numa semana em que o Benfica anunciou que vai suspender a participação nos grupos de trabalho da Liga Centralização, de onde terá de sair a chave de repartição a ser apresentada à Autoridade da Concorrência no final da próxima temporada, lançámos quatro questões sobre as possíveis razões e consequências do afastamento do processo de um dos clubes com mais “peso desportivo, mediático e social” do país