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Uma chamada animou a festa de anos de Miguel Oliveira. Era o “prof” a dar-lhe “uma ótima prenda”: a ida ao Mundial de andebol

Com zero internacionalizações A, Miguel Oliveira não tinha qualquer expectativa de ser convocado para representar Portugal no Mundial 2025. No dia em que comemorou 21 anos, o selecionador ligou-lhe. Antes de atender, imaginou, mas não quis acreditar. Afinal, “podia ser outra coisa qualquer”. Não era. Paulo Pereira, na véspera da comitiva viajar para a Noruega, quis juntá-lo à equipa que já fez história ao assegurar um lugar entre as oito melhores seleções do planeta

Susana Vera/Reuters

Ninguém perde alguém com 2 metros no meio de uma multidão. O selecionador nacional teve Miguel Oliveira sempre no radar. Quando Alexandre Cavalcanti se lesionou em vésperas de Portugal viajar para o Mundial 2025, Paulo Pereira ligou para ao jogador do FC Porto a dizer-lhe para fazer a mala. Dois dias depois, com “borboletas na barriga”, o lateral estava a estrear-se na seleção A, no primeiro jogo da fase de grupos, contra os Estados Unidos. “Não podia haver melhor surpresa”, regozija-se junto da Tribuna Expresso, um talento quentinho saído da fornada que foi duas vezes vice-campeã da Europa de sub-20.

Sem qualquer derrota e contrariando o favoritismo de Noruega, Suécia ou Espanha, Portugal terminou em primeiro lugar do grupo III da main round. A retribuição é defrontar a Alemanha nos quartos de final (quarta-feira, 19h30, RTP2). “Vamos encarar este jogo que se fosse o jogo das nossas vidas.”

Todas as internacionalizações A que somaste aconteceram neste Mundial. Tens sido exposto a uma terapia de choque?
Não diria uma terapia de choque, mas foi uma surpresa boa. Claro que se me estreasse pela seleção A em jogos amigáveis ou de qualificação era ótimo, mas estrear-me logo num Mundial é ainda melhor. Não podia haver melhor surpresa.

Estavas nervoso antes de te estreares contra os Estados Unidos?
Estava com o nervosismo normal. Os jogadores têm que ter borboletas na barriga, isso mostra que queremos estar bem dentro de campo. É saudável.

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