Benfica

Roger Schmidt: “Acho que até com um avançado, ou com o Gonçalo Ramos, teríamos sofrido na primeira parte. Merecemos ganhar”

Após a conquista da Supertaça, o treinador do Benfica reconheceu a primeira parte “muito boa” do FC Porto, defendendo que sua equipa teria “sofrido sempre” até ao intervalo, mesmo que não tivesse apostado de início em Rafa Silva como ‘falso 9’

ESTELA SILVA/LUSA

O que disse ao intervalo no balneário?

“Disse-lhes que estavam a jogar muito bem, que estavam preparados para sofrer e aceitar que o FC Porto fez uma primeira parte muito boa, colocaram-nos sob pressão nos primeiros 20 minutos e foi muito difícil para nós encontrar soluções, jogaram com muita intensidade. Disse-lhes que o importante era que ainda estava 0-0, mudámos algumas coisas, foi importante termos um avançado-centro em campo, o Petar Musa.

Depois do intervalo fomos mais agressivos, alterámos o momentum do jogo para o nosso lado. Fomos mais pressionantes, ganhámos muitas bolas e, no final, marcámos dois golos muito bom. Foi um jogo muito duro, um bom jogo de futebol e merecemos ganhar.”

Foi o erro começar com Rafa a ‘falso 9’?

“Acho que até com um avançado, ou com o Gonçalo Ramos, teríamos sofrido na primeira parte. Temos que aceitar também a qualidade do adversário, o FC Porto jogou muito bem na primeira parte, foram muito agressivos, ganharam muitas segundas bolas, contundentes a defender, e a bola não foi muitas vezes a posições do nosso último terço. Às vezes, os jogos são assim, tens de o aceitar e depois tentar mudar o rumo. Estou muito contente com a minha equipa, mostraram uma grande atitude e, na segunda parte, um futebol muito bom.”

Mais do que o troféu, é importante ganhar a um rival?

“Não, é só a Supertaça, sabemos que não é o troféu mais importante que há por conquistar, mas, se estás na Supertaça, significa que ganhaste algo na época anterior e o valor depende sempre do adversário. Se jogas contra o FC Porto, ganhou a Taça e a Taça da Liga, é importante. As duas equipas deram o máximo, jogaram como se fosse a final do Mundial, não como a Supertaça. Fomos capazes de ganhar e claro que é importante, mas não diz nada sobre esta época que vai arrancar na próxima época, com o campeonato.”