Já são conhecidas as medidas de coação a aplicar a Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, e a José Silva, técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça, no âmbito da operação e-toupeira. O primeiro fica em liberdade, mas proibido de contactar com os outros arguidos do processo, e o segundo fica em prisão preventiva.
Estas medidas de coação foram aplicadas pela juíza de instrução, Cláudia Pina. Paulo Gonçalves está indiciado de um crime de corrupção ativa e quatro de violação do segredo de justiça em co-autoria com José Silva. Já o técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça está indiciado de um crime de corrupção passiva, um de favorecimento pessoal, quatro de violação de segredo de justiça, um crime de falsidade informática e nove crimes de acesso ilegítimo e burla informática.
O processo que investiga as alegadas fugas de informação do sistema informático da Justiça sobre investigações ao Benfica tem no total cinco arguidos.
Outros dois funcionários judiciais e um agente de futebol são também suspeitos da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal.
Paulo Gonçalves e José Silva, os dois principais protagonistas da operação e-toupeira, remeteram-se esta quarta-feira ao silêncio no Tribunal de Instrução Criminal, em Lisboa.