As buscas nas instalações do Benfica, realizadas no último dia 30 de janeiro, não se limitaram ao âmbito da Operação Lex, caso que investiga uma alegada teia de favores entre o juiz desembargador Rui Rangel e elementos da estrutura diretiva encarnada, como o presidente Luís Filipe Vieira e o vice Fernando Tavares, todos constituídos arguidos no processo.
Nessa altura, o Sport Lisboa e Benfica confirmou as buscas no Estádio da Luz, no âmbito de uma investigação judicial, mas garantiu que estas nada tinham a ver com o clube.
O Expresso confirmou esta quarta-feira junto de fonte oficial que a operação policial da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ da semana passada também se deveu ao denominado caso dos e-mails.
Segundo a revista "Sábado", um segundo grupo de investigadores do crime económico entrou discretamente nas instalações do clube apenas para analisar provas relacionadas com este último dossier, naquela terça-feira.
Também o "Público" escreve sobre o assunto, salientando que se trata das segundas buscas na Luz por causa dos e-mails, depois de um primeiro mandado executado a 19 de Outubro do ano passado.
O caso dos e-mails foi espoletado após as denúncias feitas pelo diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, sobre uma alegada rede de influência do Benfica sobre figuras da arbitragem e da Liga de Clubes.
Em outubro, a Procuradoria-Geral da República confirmou as buscas na Luz, indicando que as investigações se baseavam em suspeitas de corrupção ativa e passiva. Na altura, o Benfica mostrou-se disponível para fornecer toda a informação para "um cabal esclarecimento da situação".