Exclusivo

A casa às costas

“A minha mãe faleceu quando eu tinha 12 anos. Praticamente não via o meu pai, ele trabalhava à noite. O futebol era o que nos ligava”

Inês Pereira, 26 anos, jogava à bola com pedras na rua antes de ir para as escolinhas do Sporting, no Atlético do Cacém, onde começou a extremo-esquerdo e acabou à baliza. A guarda-redes, que já está na Suíça onde vai disputar o Europeu, conta como o futebol foi o meio natural de ligação ao pai, fala da perda da mãe e como isso ainda a afeta e explica como foi parar ao Sporting, depois de ter passado pelo 1.º Dezembro e o Estoril Praia

Jose M. Alvarez/JARSportimages.com

Nasceu em Lisboa. É filha de quem?
Quando nasci o meu pai era condutor de autocarros da Carris. Como ele fazia muitos horários noturnos, eu via o meu pai praticamente só quando jogava futebol, acabei por não passar muito tempo com ele. A minha mãe era cozinheira. Tenho um irmão mais velho quatro anos que atualmente é maquinista da CP.

A casa às costas