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A casa às costas

“Em Hong Kong, ganhávamos por 4-1 ao intervalo e o presidente entrou no balneário a atirar cadeiras pelo ar, louco por termos sofrido golo”

Eduardo Almeida, de 46 anos, já treinou em sete países diferentes, e em alguns mais do que uma vez. Nesta I parte do Casa às Costas, o técnico português, que começou por praticar ginástica acrobática, trampolim e tapetes, recorda como tudo começou, nos juvenis do Benfica. Conta também como passou de adjunto a treinador principal e revela algumas histórias, algumas hilariantes, que viveu em países como a Tanzânia, Malásia ou Hungria

NUNO BOTELHO

Nasceu em Lisboa. Cresceu onde e é filho de quem?
Vivi em Queluz até aos nove anos, depois mudámo-nos para aqui [Alenquer] porque o meu pai tem uma empresa de alumínios, em Cabanas do Chão, e como ele tinha alguns problemas respiratórios, para não ter de andar a fazer todos os dias a viagem Alenquer Lisboa, mudamo-nos. A minha mãe, antes de eu nascer, trabalhava numa loja de louças em Lisboa, depois ficou a tomar conta de mim e da minha irmã, mais velha cinco anos, e que hoje é psicóloga.

A mudança para uma aldeia levou-o a ser mais ativo?
Claro, temos mais liberdade, andamos mais na rua. Sempre fui um miúdo muito ativo, havia sempre uma cabeça partida ou um braço furado como aconteceu uma vez a jogar futebol.

A jogar futebol? Conte lá isso.
Eu e os meus amigos, não podíamos estar no ringue a jogar futebol porque estavam lá os mais velhos e fomos jogar para junto de uns tanques, onde antigamente se lavava a roupa. A porta tinha uns tubos pontiagudos, eu escorreguei, bati com o braço lá e acabei por furar o braço. Tive de agarrar na bicicleta e ir para casa, para ser cosido [risos].

A casa às costas